domingo, 19 de setembro de 2010

Química na minha vida...

Meu histórico com a química começou na oitava série. Eu sonhava com aulas de química... achava que viraria um gênio, assim como com aulas de física. Porém, o que ocorreu é que tive aulas com um engenheiro mecânico formado numa faculdade de esquina que não dominava a química. Para ele, tudo se resumia a nos mandar decorar que um átomo (eu não sabia o que era) dava elétrons (tampouco) a outro através de ligações. Eu e outros membros da minha sala forçamos a barra com ele e com a direção. Juntando a perturbação com a falta de pagamento que era comum na escola onde eu estudava, ele se demitiu. No lugar dele, entrou uma bióloga que dava aulas de biologia para o Médio e de química para nós... Ela era completamente louca. Eu gostava dela no começo, mas depois começou a falar sobre temas que não tinham nada a ver com a matéria. Enfim, fiquei um zero a esquerda em química.
No Ensino Médio, mudei de escola e passei a ter aulas com o Jackson (Jajah, como chamávamos.) Ele até hoje é um amigo meu, muito gente boa e explicava muito bem. Porém, no começo do primeiro ano, eu entrei em choque, pois ele falava de átomos, moléculas, substâncias, misturas, como se fosse a coisa mais natural do mundo (porque é ) e eu não entendia NADA. Depois de um tempo, comecei a perguntar as coisas pra ele, e ele conseguiu a proeza de me fazer entender química. Ele e o professor de Biologia (Austher) fingiam que eram gays e tinham um caso. Imaginem isso num colégio católico. Era muito engraçado. Sinto falta das brincadeiras com eles. Me lembro que tinha um menino na classe (Dudu) que sempre desafiava o Jacson pra lutas... O Dudu apanhou durante TODO O SEGUNDO ANO, mas ganhou do Jacson na última luta... foi muito engraçado. Falando no Jacson, ele vai ser pai! O filho dele (Rafael) vai nascer nesse mês, se não me engano... não, não me engano, será nesse mês mesmo.
O Jacson é que me ensinou algumas coisas fundamentais da química que uso até hoje, como estequiometria, lei de Hess (eu adoro essa lei, embora seja muito esforço para nada.... é matar borboleta com bazuca), termoquímica em geral, propriedades periódicas, enfim, muitas coisas.
No terceiro ano, mudei de escola. Nessa nova escola havia três professores de química: O Sérgio, de química inorgânica I; o Zé, de química inorgânica II; e o PH, de química orgânica. O Sérgio é tranquilo, parado... muitas pessoas da classe não gostam do jeito dele de explicar, mas eu conseguia entender a matéria quando ia falar com ele fora da sala. O Zé é bem engraçado... ele tem uma mania que me irritava no começo do ano, de ficar dizendo “ta bom?” toda hora. Mas é um excelente professor, sempre fazendo tudo passo a passo para que todos conseguissem entender. O PH é um caso diferente... eu nunca gostei do jeito dele de ensinar. Ele valoriza muito a nomenclatura dos compostos, e deixa a aplicabilidade de lado. É muito metódico e usa um tom de voz que dá sono. Eu não gostava das aulas dele.
Depois que mudei de turma, passei a ter aulas com a Sônia (química in. I e orgânica) e com o Rogério (inorgânica II). A Sônia é engenheira naval, se não me engano. É excelente, sempre valorizando a aplicação da matéria dela, nos ensinando como as reações ocorrem de fato e como nós as fazemos no papel. Com ela aprendi muitas coisas. É excelente mesmo. O Rogério é um professor excêntrico... é poeta, gosta de tênis, odeia futebol, e tem certos problemas com celulares que tocam durante as aulas. É muito bom professor também... Sempre passa a matéria com calma e consegue estar sempre em dia com o conteúdo... é bizarro! Ele me deu um livro de história da química chamado “da Alquimia À Química”, de Ana M. Alfonso Goldfarb. Ainda não li esse livro. Quando ler, escreverei um texto para esse blog sobre história da química. Esse é meu histórico com a química até aqui...

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