sábado, 11 de setembro de 2010

Matemática sofrendo com meu veneno.

Agora que já passei todo o meu histórico com a matemática, aí vai meu veneno destilado sobre algumas partes da matéria:

• Matrizes são tabelas, e nada além disso. Multiplicar uma tabela por um número, faz sentido e encontra aplicabilidade no mundo não-matemático. Porém, multiplicar uma tabela por outra tabela é incompreensível! Não tem lógica aquela multiplicação estranha que é feita onde “linha pega coluna e coluna pega linha”. Aí começa uma pornotemática sem sentido nem sensualidade.
• Problema típico de análise combinatória: “Dona Maria vai registrar sua senha de 6 algarismos no banco. De quantas maneiras diferentes ela poderá fazer isso?” Simples, de três maneiras: com a data de aniversário dela, do marido, ou do filho. Se ela tiver dois ou mais filhos, não registrará com a data de nenhum, dizendo que não quer gerar ciúmes. A verdade é que ela mal se lembrará das datas.
• Números Complexos desmentem toda a matemática, que se orgulha em dizer que não é uma ciência empírica. Durante todas as operações REAIS da matemática, afirma-se algo que vira cantiga fantasmagórica na sétima série: “Não existe raiz de índice par de número negativo”. Depois, no Médio, diz-se que “i” ao quadrado é igual a -1. Mas, não se pode dizer que i é igual à raiz quadrada de menos um. Curiosamente, uma ciência não-empírica, que não trabalha com achismos, cria uma “unidade imaginária”. Boa, Gauss!
• Não entendo o narcisismo matemático de fazer um circulo de raio um e dizer que ele se movimenta positivamente no sentido anti-horário. Para que essa revolta com toda a sociedade que está acostumada a ver tudo movimentar-se positivamente para o sentido horário? Entendam, nós temos apenas um exemplo que vem à mente dos mais avessos à matemáticas quando se fala de movimento em círculos: relógio. Se o ponteiro dos minutos se mover no sentido anti-horário, estaríamos voltando no tempo. Logo, é hora de trocar a bateria do relógio, já que não conseguimos voltar no tempo assim tão facilmente. Será que não chegamos ao ponto de trocar a pilha da trigonometria no círculo?
• A geometria preocupa-se mais com o prejuízo financeiro que alguém pode ter que a álgebra. Nota-se isso ao estudar sólidos semelhantes, em geometria espacial, que se descobre que, num copo em forma de cone (como quase todos que utilizamos) , se alguém beber seu milk-shake até metade da altura do copo, essa pessoa bebeu 7/8 do seu milk-shake. Enquanto isso, a álgebra calcula quantos centavos você terá de lucro deixando seu dinheiro numa caderneta de poupança. Na realidade, você não terá lucro algum, pois quando for utilizar seu dinheiro que ficou parado dois anos para conseguir valer 5 reais a mais que antes, você pagará 50% a mais de impostos numa mercadoria do que pagaria antes. Ups, dei uma de economista...
• Funções Jetoras: uma boa maneira de perder tempo classificando as coisas. Já não bastava criar as funções Compostas, Inversas, exponenciais, Logarítmicas, Modulares, ainda criam uma maneira de acrescentar nomes a elas.
• Conjuntos: Conceito básico que a matemática complica o máximo que pode. Começa a encontrar um milhão de intersecções entre os conjuntos. Isso é, antes de um problema matemático, um problema de comunicação, de pessoas que vão fazer pesquisas e não sabem limitar a quantidade de respostas que o entrevistado pode selecionar.
• Método Cartesiano: é o método que utilizamos para pensar até hoje. Falando o nome completo, parece até mesmo algo complexo, mas na realidade se baseia em uma cruz numerada. O Professor Cury disse em uma aula “A sociedade Ocidental pensa de acordo com o método cartesiano” fato. É por isso que as escolas insistem em dar notas aos alunos não por conhecimento acumulado (esse é imensurável) mas sim por conhecimento provado, para que se coloque em um gráfico cristão-numérico, que é o nome prático. Enfim, esse é o grande culpado pelos surtos dos alunos dos Ensinos Fundamentais e Médio.
• Progressão Geométrica: Através dela estudamos coisas muito úteis, como a reprodução de uma colônia de bactérias. Eu acho que no tempo que levaram para descobrir a razão dessa progressão, poderiam ter feito algo útil tipo... matar essa colônia e evitar uma nova epidemia. Fica a dica para a próxima vez!
• Os matemáticos mostram a sua queda pelas Letras em exercícios do tipo: “Quantos anagramas podemos formar com a palavra ARARA?”. Ao mesmo tempo, mostram que não dominam tão bem a semântica, já que ARARA não tem nenhum anagrama com valor semântico, ou seja, com significado. A menos que a palavra RARAA tenha algum significado em outro lugar do globo (sem merchan).
• Incoerência matemática que novamente inclui as Matrizes: Nos quatro primeiros anos do Fundamental, aprendemos que “a ordem dos fatores não altera o produto”. Acreditamos piamente nisso, e usamos até o ponto em que aprendemos matrizes. Para as matrizes, A vezes B é diferente de B vezes A. E o pior: Algumas vezes, A vezes B possui resultado, enquanto B vezes A é impossível. Impossível é achar a lógica para isso no ensino médio.

Um comentário:

  1. Uma coisa que esse ano eu entendi super bem foi Matrizes, e achei que foi um milagre, hein?

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